Evento em Campanha (MG) vai abordar citricultura, fruticultura e cafeicultura

(Belo Horizonte – 9/9/2025) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) é apoiadora da realização do Mega Agro que acontece nos dias 25 e 26 de setembro, em Campanha (MG). O evento promovido pelo Sindicato Rural da Campanha terá como foco a diversificação agrícola.
O evento, que surgiu em 2013 como Encontro de Citricultura, passou por diversas transformações e após a pandemia tornou-se Mega Citros. Neste ano, ganha novo nome e para atender às novas demandas dos produtores rurais agrega outras áreas da fruticultura e também a cafeicultura.
“Com o avanço do Greening e os prejuízos decorrentes da doença, muitos produtores estão optando por mudar de cultura. No ano passado, ainda como Mega Citros, o evento teve palestras sobre café e algumas frutíferas e o formato teve boa aceitação pelos produtores”, recorda a pesquisadora da EPAMIG, Ester Ferreira, que fará a mediação das palestras no Mega Agro.

A programação em 2025, contará com palestras sobre controle biológico de doenças de plantas; produção e adubação de café; cooperativismo; e culturas do abacate e do maracujá. A tarde da quinta-feira, 25 de setembro, será dedicada à citricultura, com seis palestras que buscam orientar o produtor na tomada de decisão.
“Além das palestras, teremos ao fim do dia um momento exclusivo para interação com o produtor, com a participação de EPAMIG, Emater-MG, IMA, Prefeitura Municipal e Sindicato Rural”, acrescenta Ester.
Greening
Campanha é um dos principais polos produtores de tangerina ponkan de Minas Gerais, com cerca de 1,5 mil hectares plantados. Na última semana, a Prefeitura do município declarou estado de emergência fitossanitária pelo fato de 60% das lavouras estarem afetadas pela doença.

Principal e mais destrutiva doença dos citros no mundo, o Greening (também conhecido como HBL) ataca plantas cítricas e pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento. A transmissão se dá por um inseto psilídeo, que adquire a bactéria ao se alimentar de uma planta infectada.
A pesquisadora aponta as possíveis causas para explicar esse avanço da doença que também ocorreu em outro grande polo produtor mineiro, Belo Vale, na região central do Estado: a falta de controle do inseto vetor e consequente aumento da sua população e a manutenção de plantas contaminadas, aumentando a pressão do inóculo nos pomares.
“Quando uma planta cítrica é contaminada pelo Greening, ela passa a ser fonte de contaminação para outras plantas, pois o psilídeo vetor que se alimentar dela irá adquirir e transmitir a doença para plantas sadias. Como não há cura, a erradicação dessas plantas é um importante pilar no manejo integrado do Greening para evitar a disseminação”, destaca.
“É importante ressaltar que uma planta contaminada terá sua produção gradativamente comprometida e os frutos oriundos dessas plantas serão deformados e não terão valor comercial, diante disso torna-se inviável mantê-las”, finaliza Ester.
Mega Agro
Data: 25 e 26 de setembro
Local: Campanha Esporte Clube – Campanha – MG
Realização: Sindicato Rural da Campanha







